(Des)Igualdade de Género: Diferenças Salariais e Cargos Políticos
A igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho é um elemento decisivo para se se atingir justiça social, crescimento económico e desenvolvimento sustentável.
Sabes quais são as principais causas das disparidades salariais?
– As representação sociais em tornos do sexo, que moldam os papéis sociais das mulheres e dos homens assim como as suas orientações escolares e profissionais;
– A segregação sexual horizontal ou vertical do emprego. Por outras palavras, homens e mulheres concentram-se em profissões diferentes, sendo muitos grupos profissionais muito masculinizados ou feminizados;
– As assimetrias no domínio de trabalho não pago, como as tarefas domésticas e trabalhos de cuidado;
– A falta de modelos de organização inclusivos;
– Escassez de políticas e práticas de recursos humanos estratégicas e sensíveis a correção de desigualdades de género;
– Sistemas de relação laboral que não contrariam a visão estereotipada de papéis de género no mercado de trabalho;
– Sistemas de renumeração e recompensa que resultam em diferentes níveis salariais para mulheres e homens.
De acordo com o Pordata (2019), 58,4% dos estudantes no ensino universitário são mulheres, e 41,5% são homens.
De acordo com a base de dados do Quadro Pessoal de 2018, a disparidade salarial entre mulheres e homens, no que diz respeito à renumeração base, foi de 14,4% em desfavor das mulheres.
A disparidade salarial ajustada foi de 11,1% na renumeração base não resultantes de diferenças entre as distribuições de mulheres e homens por atividade económica, profissão, qualificação profissional, habilitação literária e antiguidade no emprego.
Mulheres nos cargos de decisão política
Segundo os dados da ONU Mulheres, apenas 21 países já elegeram mulheres como Chefes de Estado ou de Governo, e em 119 países nunca a presidência fora tomada por uma mulher.
Em Portugal, aproximadamente 53% da população é do sexo feminino. No entanto, a sub-representação das mulheres na política ainda é notável.
Em resultado das últimas legislativas, dos 230 representantes na Assembleia da República só 91 são deputadas. O governo atual conta com uma percentagem de 42% de mulheres.
A nível de governo local, só 32 dos 308 presidentes da câmara eleitos nas eleições autárquicas de 2017 são mulheres
Nota importante: Em Portugal, a lei da paridade de 2006 estabeleceu que as listas teriam de ter a representação mínima de 33,3% de cada sexo.
Sabias que…?
Sabias que… As mulheres representam 58,2% de todos os diplomad@s no Ensino Superior, mas que representam 52,9% de todas as pessoas desempregadas?
Sabias que… Em 2018, a renumeração das mulheres é em média menos 14,4% do que os homens por mês? (Ou seja, em média por cada 100€ que os homens ganham, as mulheres apenas ganham apenas 85,6 euros.)
Sabias que… Os cargos hierárquicos superiores são os que têm mias diferença salarial?
A política é uma das áreas em que as mulheres se encontram sub-representadas.
Sabias que… Em 119 países (incluindo Portugal) a presidência nunca fora tomada por uma mulher?
Sabias que… Apenas 40,4% de todos os deputad@s são mulheres apesar de aproximadamente 53% da população portuguesa serem do sexo feminino?
Sabias que… Apenas 32 dos 308 presidentes da câmara eleitos em 2017 são mulheres?
Sabias que… A Lei da Paridade em 2006 estabeleceu 33,4% como percentagem mínima de representação de cada sexo nas listas partidárias?
Fontes
http://www.gep.mtsss.gov.pt/documents/10182/86981/Barometro2020_destaque_06_03_2020.pdf
//www.unwomen.org/en/what-we-do/leadership-and-political-participation/facts-and-figures https://www.publico.pt/2020/03/08/politica/noticia/portugal-39-ministras-481-ministros-democracia-hoje-ha-91-mulheres-parlamento-1906773
https://www.cig.gov.pt/wp-content/uploads/2017/09/AF_CIG_FactSheet_PodTmsPosse_V4.pdf
artigo escrito por Rita Marçal, Manuel Ruiz e Ianira Vieira, ativistas na ReAJ- Rede de Ação Jovem da AIP