Seis Mulheres Ativistas pelos Direitos Humanos

Hoje é o Dia Mundial da Mulher. Aproveitamos este dia para te contarmos sobre seis casos da Amnistia Internacional: seis mulheres que, por defenderem os direitos humanos, foram acusadas pelos seus governos, se encontram em perigo de vida, ou foram assassinadas por quem ousaram em questionar. Conhece estes casos e assina cartas aos seus governos a pedir a sua libertação, justiça ou proteção. Juntas, somos mais fortes!

 

JAILED FOR DEFENDING WOMEN'S RIGHTS - Write for Rights

Nassima Al-Sada

Link para o caso: https://www.amnistia.pt/peticao/presa-por-defender-a-liberdade-das-mulheres/

Durante muito tempo, Nassila Al-Sada lutou pelos direitos das mulheres na Arábia Saudita, como o direito das mulheres a conduzirem e a tratarem dos seus assuntos diários, sem precisarem de autorização de um “guardião” do sexo masculino. Pela sua luta pacífica, Nassima foi presa em julho de 2018. Na prisão, foi vítima de maus-tratos e, durante um ano, ficou numa pequena cela, em regime de solitária, completamente isolada de outras pessoas. Não pode receber visitas, nem do próprio advogado. É permitido apenas um telefonema por semana à família.

Assina uma carta para o Rei da Arábia Sáudita, para que sejam retiradas tocas as acusações contra Nassima e que a liberte imediata e incondicionalmente, bem como a outras mulheres defensoras de direitos humanos.

Defender os direitos das mulheres pacificamente não é um crime.

 

Sarah Mardini: 'I am not a people smuggler' - BBC News

Sarah Mardini

Link para o caso: https://www.amnistia.pt/peticao/25-anos-de-prisao-por-salvarem-vidas/

Sarah tem 24 anos, fugiu em 2015 à Guerra na Síria, e vive atualmente na Alemanha. Na Europa, voluntariou-se como socorrista para uma organização em Lesbos. O seu trabalho era encontrar barcos em apuros no mar e prestar os primeiros socorros a quem vinha neles. Por esse motivo, foi acusada de “espionagem”, “tráfico humano” e “pertença a organização criminosa”. Se for considerada culpada, pode passar até 20 anos na prisão. Já esteve cem dias detida, mas foi libertada sob fiança em dezembro de 2018. 

Assina uma carta para Michalis Chrisochoidis, Ministro para a Proteção dos Cidadãos na Grécia, para que sejam retiradas todas as acusações a Sarah e ao seu amigo Seán Binder.

Salvar vidas não é um crime.

 

It's been one year since Yasaman Aryani was jailed in Iran for taking off her headscarf. Here's what you need to know

Yasaman Aryani

Link para o caso: https://www.amnistia.pt/peticao/16-anos-de-prisao-por-defender-os-direitos-das-mulheres/

Há exatamente dois anos, no dia 8 de março de 2019, Yasaman Aryani entregou flores às mulheres numa carruagem de metro no Irão, sem o lenço islâmico que é de uso obrigatório. Por esse motivo, no mês seguinte, foi detida e condenada a 16 anos de prisão. Em fevereiro de 2020, depois de pressão da Amnistia Internacional, esta pena diminuiu para cinco anos e seis meses. No entanto, ainda pode diminuir mais! A cruel condenação de Yasaman faz parte de uma ampla repressão contra as mulheres que promovem o fim das leis do uso obrigatório do véu no Irão. Desde 2018, foram presas e condenadas dezenas de defensoras de direitos humanos.

Defender os direitos das mulheres, e escolher não usar um véu, não é um crime.

 

Prosecutors resist arrested Register reporter's requests for evidence

Andreia Sahouri

Link para o caso: https://www.amnesty.org/en/get-involved/take-action/usa-andrea-sahouri/

Andreia Sahouri é uma repórter que filmava um protesto Black Lives Matter no Iowa, em maio de 2020, quando a polícia lançou-lhe gás-pimenta e deteve-a. Hoje, dia 8 de março, as autoridades americanas apresentam em tribunal acusações contra Andreia, por “não dispersão” e “interferência em atos oficiais”. Isto pode resultar numa multa, 30 dias de prisão, ou ambas. Escreve uma carta para que lhe sejam retiradas todas as acusações, já!

Relatar manifestações não é um crime.

 

Jani Silva ameaçada de morte por proteger a Amazónia - Jornal Tornado

Jani Silva

Link para o caso: https://www.amnistia.pt/peticao/ameacada-de-morte-por-proteger-a-amazonia/

Jani Silva é uma ativista ambiental da Amazónia colombiana. Em 2008, fundou a Associação para o Desenvolvimento Integral e Sustentável da Pérola Amazónica (ADISPA) e, através dela, tem protegido o ambiente e os direitos daqueles que vivem num verdadeiro tesouro da floresta tropical: a reserva campesina em Putumayo. Mas o seu trabalho pacífico colocou-a em disputa contra grandes empresas petrolíferas. Em 2006, a Ecopetrol, ganhou uma licença para operar em áreas dentro da reserva e, em 2009, essa licença foi transferida para a Amerisur. Desde então, houve pelo menos dois derramamentos de petróleo nas nascentes de água de que as comunidades dependem. A Colômbia é o país mais perigoso para os ativistas ambientais no continente americano. Pessoas como Jani são atacadas, perseguidas e mortas diariamente. Escreve uma carta ao presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez, e apela a que aumente os meios de proteção de Jani.

Proteger os ativistas ambientais é proteger os direitos humanos.

 

Justiça das Honduras condenou sete pessoas pelo assassinato da ativista Berta Cáceres | Esquerda

Berta Cáceres

Link para o caso: https://www.amnesty.org/en/get-involved/take-action/verdad-y-justicia-para-berta-caceres/ 

Berta Cáceres foi uma ativista pelos direitos das mulheres nas Honduras. Era uma defensora ativa dos direitos da população Lenca, do seu território e dos seus recursos naturais. Por esse motivo, foi assassinada na sua casa na noite de 2 de março de 2016. Em novembro de 2018, as autoridades das Honduras culparam oito pessoas pela morte de Berta. No entanto, uma investigação da Amnistia Internacional mostra que mais pessoas podem ter estado envolvidas neste crime. É necessário lutar para que seja feita justiça, por Berta e pela sua família. Assina uma carta às autoridades das Honduras a pedir que continue a ser feita uma investigação transparente e que garanta que os verdadeiros culpados sejam trazidos à justiça.

Defender direitos humanos não é um crime. É preciso que seja feita justiça, para continuar a proteger ativistas nas Honduras e no Mundo.