TASHI WANGCHUK – Biografia

Tashi Wangchuk é um defensor da utilização da linguagem tibetana nas escolas do Tibete. Actualmente o mandarim é o único idioma que é usado no sistema de educação.

Tashi Wangchuk exprimiu nas redes sociais a sua preocupação por muitas crianças tibetanas serem incapazes de falar fluentemente a sua língua nativa e pela extinção gradual da cultura tibetana.

Em 2015 o “New York Times” produziu um curto documentário intitulado “Uma Jornada Tibetana pela Justiça” em que relatava a viagem de Tashi Wangchuk a Pequim para obter assistência jurídica numa acção em tribunal contra os funcionários locais que impediam o uso da língua tibetana nas escolas do Tibete. Nenhuma firma de advogados se quis encarregar da queixa legal e a estação oficial de televisão., a CCTV, recusou-se a deixá-lo expor o caso. A polícia usou o documentário como prova de que ele incitara ao “separatismo”, ao tentar desacreditar a imagem do governo chinês e as suas políticas em relação às minorias étnicas.

A etnia tibetana é discriminada na China e está sujeita a restrições às liberdades de culto religioso, de expressão, de associação e de manifestação. Os monges tibetanos, os escritores e os activistas são detidos em resultado das suas actividades pacíficas. Acusados de “incitamento ao separatismo” e de “terrorismo”, são-lhes aplicadas duras penas criminais.

Detido em Janeiro de 2016, Tashi Wangchuk foi espancado e proibido de contactar com a família. Acusado de “incitamento ao separatismo”, o seu julgamento foi marcado para o dia 4 de Janeiro. Depois de 4 horas o caso foi adiado com a sentença a ser proferida posteriormente.

 

Torna-se necessário exercer nos próximos meses uma grande pressão sobre o Procurador Público para que retire as acusações de que Tashi Wangchuk é alvo e para que seja imediata e incondicionalmente libertado, uma vez que ele é um prisioneiro de consciência. Não cometeu nenhum crime internacionalmente reconhecido, tendo sido detido apenas por exercer o seu direito à liberdade de expressão.