Editor sueco de origem chinesa, detido, obrigado a acusar a Suécia de o ter manipulado

Em 20 de Janeiro de 2018, o editor sueco de origem chinesa Gui Minhai foi retirado de um comboio que se dirigia a Pequim, por cerca de 10 polícias à paisana. Gui Minhai era acompanhado por dois diplomatas suecos e ia consultar um médico sobre uma doença neurológica de que sofre, provavelmente esclerose lateral amiotrófica que o está a afectar, tolhendo-lhe os movimentos da mão esquerda e lhe causa dificuldades de locomoção.

Gui, editor de 53 anos, comercializava em Hong Kong obras sobre os dirigentes chineses e os casos de corrupção.

No início de Fevereiro surge num vídeo em que confessa mal-estar e acusa Estocolmo de o ter manipulado como um “peão de xadrez”. Gui acusa a Suécia de ser “sensacionalista” em relação à sua detenção e ter sido pressionado pelas autoridades suecas para deixar a China apesar de estar proibido de deixar o território devido a assuntos jurídicos pendentes.

No vídeo, Gui aparece com dois polícias, e o poeta dissidente Bei Ling, um dos seus amigos declarou não ter “qualquer dúvida” de que o editor se queria tratar no estrangeiro e afirma a propósito do vídeo que não se podia “acreditar nas palavras de alguém que está oprimido como um prisioneiro”.