Abusos de Direitos Humanos em Xinjiang

Desde 2017 que o governo da China tem praticado abusos de Direitos Humanos aos
muçulmanos que vivem na Região Autónoma de Xinjiang. O sofrimento
humano tem sido imenso. Muitos homens e mulheres uigures foram detidos
arbitrariamente e enviados para campos de internamento ou prisões. Estas práticas
fazem parte de uma campanha de subjugação e assimilação cultural forçada das
minorias étnicas de Xinjiang.

Desde o fim de 2019 até meados de 2021, a Amnistia Internacional (AI) tem
investigado estes abusos. A 10 de Junho de 2021, foi publicado pela AI um relatório
com base em testemunhos recolhidos em primeira mão de ex-detidos nos campos de
internamento, bem como na análise de imagens de dados de satélite. Este relatório
fornece o relato mais abrangente alguma vez feito da vida nos campos de
internamento.

As evidências reunidas pela Amnistia Internacional fornecem uma
base factual para a conclusão de que o governo chinês cometeu, pelo menos, os
seguintes crimes contra a humanidade: prisão arbitrária, tortura e perseguição.

Os abusos do governo chinês continuam. Muitas pessoas ainda estão arbitrariamente
detidas em Xinjiang. Além disso, o governo tem dedicado imensos recursos para
ocultar a verdade sobre as suas ações. Impede que milhões de pessoas que vivem em
Xinjiang se comuniquem e divulguem livremente a situação, e restringe os acessos a
jornalistas e investigadores à região. As pessoas que vivem no exterior, muitas vezes,
não conseguem obter informações sobre familiares desaparecidos em Xinjiang, que
se supõe estarem detidos.

Consulte aqui o relatório sobre a violação de direitos humanos em Xinjiang.